Mais interessante do que a própria medicação, foi a apresentação em si, pois o excêntrico pesquisador resolveu demonstrar seus resultados de forma inusitada. Aplicou, momentos antes de palestrar, a medicação em seu próprio pênis. Ao término da apresentação, abaixou as calças na presença de todos os participantes, e suas parceiras, e evidenciou seu pênis completamente rígido sob efeito da medicação. Esta surpreendente apresentação, de gosto duvidoso, serviu para divulgar ainda mais a terapia intracavernosa como algo promissor em toda comunidade urológica.

Após isso, novas drogas foram pesquisadas, como a fentolamina, o alprostadil, a atropina, bem como a mistura destas medicações, no intuito de melhorar a eficácia e reduzir os efeitos adversos. Além disso, foram desenvolvidas drogas, como a etilefrina, que poderiam auxiliar na reversão da ereção prolongada.

Por muitos anos, foi este tratamento a primeira linha terapêutica da disfunção erétil. A terapia intracavernosa impulsionou os laboratórios em pesquisas para melhor conhecimento da fisiologia e fisiopatologia da ereção e novas drogas foram desenvolvidas, sendo o Viagra ® (sildenafila) da Pfizer, no final da década de 90, o protagonista de nova transformação. Pela primeira vez, tínhamos descobertos terapia oral e eficaz no tratamento da disfunção erétil.

A terapia injetável passou, então, a ser considerada um tratamento de segunda linha, utilizado apenas quando da falha ou intolerância aos medicamentos orais. Isso, contudo, deve ser revisto, visto que patologias mais severas como a diabetes mellitus, prostatectomia radical e as lesões medulares, normalmente responderão de forma muito superior quando optamos pela terapia intracavernosa.